quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estágio de pré-temporada com a equipa LA-Antarte




Cumpriu-se hoje o segundo dia do segundo estágio de pré-temporada da equipa LA-Antarte . Mas para mim foi o primeiro dia, já que por razões profissionais só pude juntar-me à equipa ontem á noite. 
Como se deverão lembrar, o primeiro estágio foi em Dezembro, numa herdade no Alentejo, mas nesse estágio praticamente não pedalámos. Pode-se dizer que hoje foi o primeiro treino a sério que fiz com os ciclistas que vão ser meus colegas na próxima edição da Volta a Portugal, no final de Julho.

Foram 143 quilómetros com 3.500 metros de subida acumulada em cerca de 5 horas. Um percurso duro, com passagem pela Serra de Montemuro, e que se tornou ainda mais difícil devido ao frio, vento e alguma chuva que se fez sentir.

Apesar de ser um simples treino, sem qualquer trabalho especifico delineado, a minha expectativa era grande.
Estava curioso de saber qual o meu nível físico atual em comparação com o nível dos meus colegas profissionais. O ritmo imposto na maior parte do treino foi muito acessível, ou minimamente confortável. Mas em algumas das subidas mais longas o ritmo imposto já foi, digamos, muito desconfortável. Mas senti-me bem mesmo nessas subidas mais duras.
Mas á medida que o tempo de treino foi passando, comecei a sentir falta de ritmo, ou de horas em cima da bicicleta. Sobretudo na última meia hora de treino, quando o vento soprava de frente e eu ia na frente do grupo a puxar com o Hugo Sabido. Íamos na ordem dos 380 watts, o que para mim, nesta fase, já é acima do meu limiar anaeróbio.
Neste ritmo, quando estou “fresco”, aguento 30-40 minutos, mas fresco hoje só se fosse pelo frio que se fez sentir! Tinha as mãos, os pés, o pescoço e inclusive os músculos das pernas gelados e quase em reação!
A cerca de 15 km do final do treino disse ao Hugo: “Hugo, eu vou lá para trás, senão ainda matas o velhote!” E assim o fiz. E ele também. Na roda dos meus colegas, passei de 380 watts para 280w. Que diferença, quando faz vento de frente e se vai na roda!

Conclusão: adorei a sensação de voltar a ser profissional das bicicletas de novo. Mesmo que seja só por 3-4 dias.
Pequeno-almoço às 9h00, sair ás 11h00 para treinar. Chegar ao hotel às 16h30. Banho, lanche, massagem, e depois esperar deitado pelas 20h00, para irmos jantar. O que mais confusão me fez foi ter que aguentar até ás 9h00 para o pequeno-almoço. Estou habituado, nestes últimos anos, a acordar às 7h00, tomar o pequeno-almoço, levar os miúdos à escola e depois ir para o escritório. Hoje acordei de novo às 7h00. Não tinha mais sono, e ainda faltavam duas horas para o pequeno-almoço. Mas arrisquei e desci á sala da refeição. Felizmente já havia comida. Comi um iogurte, um pão com queijo fresco e regressei ao quarto para esperar pelas 9h00 e tomar, novamente, o pequeno-almoço com os meus colegas 

Noto que tenho muita falta de ritmo em relação aos meus colegas, sobretudo quando os treinos são superiores a 4h00. Pudera, eu tenho nas pernas, desde o inicio de Novembro, 2900 quilómetros. A maioria dos meus colegas tem no mínimo 8.000km! Isto já para não falar que, quando venci uma Volta ao Algarve, alguns deles ainda era crianças de tenra idade 

Amanhã há mais. Ena, está na hora do jantar!

Com LA-ANTARTE-ROTA DOS MÓVEIS


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